Ansiedade: epidemia do mundo moderno

Ansiedade é uma emoção caracterizada por um estado de agitação interior, muitas vezes acompanhado de comportamento nervoso. É um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de uma antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. O medo é uma resposta a uma ameaça real percebida, enquanto a ansiedade é uma preocupação de ameaça futura.

A ansiedade pura e simples não é um problema, pelo contrário. Faz parte de nossa evolução. O problema é quando os níveis de ansiedade ultrapassam um certo limite. Sua forma patológica, o transtorno de ansiedade, é a segunda doença mental mais comum do planeta. Ela é uma epidemia do mundo moderno. As causas são muitas: sobrecarga profissional, acumulo de problemas pessoais, compromissos financeiros, aceitação social, a sensação de insegurança nos grandes centros urbanos, entre diversos outros problemas do mundo contemporâneo.

Temos alguns sintomas comuns em pessoas ansiosas, que requerem atenção:

Sintomas psicológicos:

Apreensão

Medo

Angústia

Inquietação

Insônia

Dificuldade de concentração

Incapacidade de relaxar

Sensação de estar “no limite”

Preocupações com desgraças futuras

Pensamentos catastróficos, de ruína ou adoecimento

Sintomas físicos:

Sudorese

Falta de ar

Hiperventilação

Boca seca

Formigamento

Náusea “Borboletas” no estômago

Ondas de calor Calafrios

Tremores

Tensão muscular

Dor no peito

Taquicardia (coração acelerado)

Sensação de desmaio

Tonturas

Urgência para ir ao banheiro

Para evitar esse quadro patológico, precisamos aprender a administrar a ansiedade. Abaixo relacionamos algumas dicas para controlar a ansiedade.

Compreender que não podemos controlar tudo ao nosso redor: muitas vezes dependemos de coisas que não são de nossa responsabilidade, de nosso controle, o que para muitas pessoas aumenta o nível de ansiedade. Compreender que isso é normal, administrar esse sentimento de impotência é essencial para que a ansiedade não afete nosso bem estar e nossa saúde.

Identificar os gatilhos da ansiedade: muitas vezes é possível identificar as situações em que nossa ansiedade aumenta em demasia. Trabalhar essas situações e ver se elas possuem relação entre si, pode ajudar a administrar melhor nossa ansiedade.

Procurar manter o pensamento positivo: pode parecer clichê, mas é importante a pessoa se manter positiva para evitar a ansiedade. Questionar os pensamentos negativos também ajuda nesse processo de manter uma atitude positiva.

Procurar não pegar mais responsabilidades do que podemos administrar: a sobrecarga, seja de trabalho, seja de responsabilidades no âmbito pessoal aumenta nossos níveis de ansiedade. Muitas vezes aprender a delegar, recusar ou até mesmo pedir ajuda pode ajudar a diminuir essa carga e consequentemente pode melhorar muito nosso nível de ansiedade.

Fazer atividades físicas: fazer uma atividade física, além de liberar hormônios que proporcionam sensação de bem estar, melhora nosso rendimento e disposição. Além disso, se a atividade for algo que a pessoa tenha prazer em fazer (pedalar, uma arte marcial, corrida) proporciona uma distração dos problemas do dia a dia, diminuindo a ansiedade.

Aprender a respirar: aprender técnicas de respiração, como controla-la corretamente, aprender exercícios de respiração, são ótimos para diminuir a ansiedade.

Aprender a viver o presente:  “sofrer com antecedência” ou “remoer o passado” em nada ajuda a nossa saúde psicológica. Pessoas ansiosas tendem a sofrer com acontecimentos que vão acontecer, podem acontecer ou que até mesmo acabam não acontecendo. Isso, além de tudo, tira o foco do presente e pode até mesmo “travar” uma solução para esse problema futuro. Aprender a focar no presente, é a chave para esse tipo de situação.